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27 de junho de 2017

Pagar IMI a prestações e um Documento Único Automóvel mais pequeno


O programa Simplex + 2017 é apresentado hoje à tarde(26/6/2017) e recebeu mais de 250 propostas de cidadãos ao longo dos últimos meses. As novas medidas preveem o pagamento em prestações do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e a criação de um simulador de custos da Justiça, que devem estar em vigor no próximo ano.

 


De acordo com o gabinete da ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, o Simplex + 2017 prevê o pagamento de IMI de uma forma mais simples, ou seja, "ao facilitar o pagamento do IMI em prestações, comunicando logo na primeira notificação as referências para o pagamento de todas as prestações". Esta é uma medida que envolve o Ministério das Finanças, está dirigida a cidadãos e empresas e tem como prazo de implementação o primeiro trimestre de 2018.
Outra das medidas previstas no programa de simplificação administrativa é a criação do simulador de custos da Justiça, que também se dirige a cidadãos e empresas. O objetivo é "criar um simulador de custos para a prática de determinados atos ou para a realização de serviços na Justiça", cuja conclusão está prevista para o segundo trimestre de 2018 e conta com a colaboração do Ministério da Justiça.
O Simplex + 2017, cujas medidas serão apresentadas hoje, prevê ainda o designado Documento Único Automóvel na carteira, uma medida que conta com os ministérios da Justiça e do Planeamento e das Infraestruturas, e que deverá estar concluído no último trimestre do próximo ano. O objetivo é o de "simplificar o conteúdo informativo e o layout do Documento Único Automóvel, que reúne elementos relativos às características do veículo, e ao seu proprietário, revendo os respetivos sistemas de informação, comunicações e procedimentos". Segundo informação disponibilizada pelo gabinete da ministra Maria Manuel Leitão Marques, com esta iniciativa "torna-se mais fácil" guardar o documento na carteira.
O Simplex + 2017 "tem medidas para tornar mais fácil o cumprimento de obrigações fiscais e para com a Segurança Social, diminuindo redundâncias e eliminando a necessidade de preenchimento de declarações e entrega de informações desnecessárias", incluindo este ano uma nova categoria "Mais e Melhor Atendimento", refere o Governo.
Além disso, inclui "medidas de integração e centralização de bases de dados, portais e informações, reduzindo desta forma encargos administrativos hoje existentes", bem como de simplificação de "processos de licenciamento e de início de atividades económicas", que facilitam a emissão e o ciclo de vida de documentos pessoais e certidões e que "modernizam a forma e o modo como são prestados serviços públicos essenciais, promovendo a eficiência e eficácia da administração pública e melhorando as condições de trabalho dos funcionários públicos".
Está previsto para o quarto trimestre deste ano o Espaço Cidadão Solidário, que visa "desenvolver um piloto de atendimento digital mediado em centros de dia, lares, misericórdias e hospitais, através de kits portáteis, semelhantes aos Espaços Cidadãos, com catálogo de serviços especialmente adaptado às necessidades da população sénior", medida que resultou de um "processo participativo interno à Administração Pública".
Prevê ainda a criação de uma Plataforma Eletrónica Pública de Recursos Humanos com os currículos de refugiados, denominado Refujobs, que será desenvolvida em parceria com o Alto Comissariado para as Migrações (ACM), a Comunidade Islâmica de Lisboa, o Centro Ismaili, o Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial (Grace), a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) e o Conselho Português para os Refugiados (CPR), tendo como prazo o primeiro trimestre de 2018.
Entre outras medidas destacam-se ainda a Georreferenciação do 112, que através de uma tecnologia aplicada aos smartphones permite o reconhecimento de uma chamada de emergência para aquele número, ativando os serviços de geolocalização, a vigorar no final do próximo ano, a Alimentação Saudável nas Escolas, que vai simplificar o acesso ao Regime da Fruta Escolar, através de uma disponibilização aos municípios de uma lista de empresas previamente aprovadas pelo Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas (IFAP), tendo como prazo o segundo trimestre de 2018, ou a aplicação móvel MySuperior, que vai permitir o acesso aos serviços da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).
Outra das iniciativas é a Fiscalização de uma só vez, que envolve vários ministérios, entre os quais da Economia ou das Finanças, que pretende "harmonizar a atuação dos vários organismos fiscalizadores e promover ações de fiscalização conjuntas dos agentes económicos", dirigida às empresas e tendo como prazo o final de 2018.
Um mapa do comércio, serviços e restauração, provas de aferição online, esta última com prazo previsto para o terceiro trimestre de 2018, a criação de um centro de atendimento consular, com sede em Portugal, mas disponível em qualquer parte do mundo, e a uniformização do conceito de insuficiência económica para efeitos de apoios sociais e desenvolvimento dos sistemas de informação necessários que permitam uma atribuição imediata dos mesmos são outras medidas previstas.
Lusa

7 de junho de 2017

Imposto Único de Circulação - Evite multas desnecessárias

 

 

 Acabo de receber uma multa de 126 € por não pagar o Imposto Único de Circulação (IUC) a tempo e horas. E a culpa é toda minha. Não é do Estado nem de terceiros. É o que se chama deitar dinheiro à rua. Partilho a minha história do IUC do ano passado para que pelo menos alguns de vocês não passem por isto. A matrícula do carro da minha mulher é de Novembro. Logo o IUC tem de ser pago até ao último dia desse mês, todos os anos. No seu caso será num mês diferente.


A minha mulher avisou-me que as Finanças lhe tinham mandado um e-mail a alertar para o pagamento e eu comprometi-me a fazê-lo. Mas deixei passar o prazo por distração. Paguei uma semana depois. Mas tive de ir presencialmente a uma repartição de Finanças porque no Portal o pagamento já não aparecia.

O funcionário avisou-me logo que ia pagar uma multa de 25 €. Não me “deixou” pagar logo porque na altura o sistema informático era cego e o sistema ia disparar outra carta pelo correio. Disse-me para aguardar a comunicação e então pagar depois. Sim, senhor.

Nunca mais me lembrei do assunto. Até esta semana. Recebemos um e-mail com o seguinte conteúdo do via CTT:

Assunto: ViaCTT – Recebeu novo(s) documento(s) na Caixa Postal Eletrónica
Exmo(a). Senhor(a),
Consulte na Caixa Postal Eletrónica o(s) seguinte(s) documento(s):
Documento: Notif. da dec. de aplic. coima (JTSCO-1234XXXXX.1)
Com os melhores cumprimentos,
ViaCTT 

Apenas isto. Ou seja, se não fosse a palavra “COIMA” corria o sério risco de passar despercebido. Abri o tal e-mail e qual não é o meu espanto quando leio que tenho de pagar uma multa de 126 € pelo atraso no pagamento do IUC no ano passado. Mas não era 25 €?

Afinal havia mais cartas da AT

Percebi então que havia mais “cartas” da Autoridade Tributária no site Via CTT: A tal multa prevista de 25 €, datada de Fevereiro; como não paguei os 25 €, recebo depois outra carta com a coima a subir para 88 euros; como também não paguei, a coisa subiu agora para os tais 126 euros.
Os e-mails a avisar das cartas da AT no via CTT estão lá. Mas passaram-me completamente despercebidos. Um mail que diz “Recebeu um novo documento” não chama muito a atenção. Mea culpa.

Por um lado, quero que a minha relação com o Estado seja o mais simples e rápida possível, mas por outro lado – em situações como esta – sinto falta da famosa carta “registada” em papel, num envelope, metida na caixa do correio.

Fui eu que me inscrevi no via CTT. Fi-lo voluntariamente. Talvez muitos nem sequer saibam o que é isto do via CTT. É uma espécie de caixa de e-mail que serve só para a minha correspondência com o Estado e empresas. Para receber faturas, por exemplo. Não pode ser usada para e-mails pessoais. Não tem spam nem publicidade. É só para correspondência oficial.
É por aí que recebo o IMI para pagar ou a atualização do Valor Patrimonial Tributário. Mas nesses meses estou à espera dessa comunicação. Desta multa não estava à espera, confesso.
Veja se tem lá notificações das Finanças por ler

Portanto, em resumo, se se inscreveu (em 2012, creio eu) numa coisa chamada via CTT, não era mal pensado ir lá de vez em quando (porque não agora?) e ver se não tem lá alguma comunicação eletrónica das Finanças ou multas de trânsito por pagar. Pode acontecer. Se as ler a tempo pode contestá-las ou pagar o que tem a pagar dentro dos prazos.

Por não ter estado atento, perdi 101 €. Os 25 € tinha de os pagar… já sabia. Mas esta multa por não ter pago a multa? Completamente desnecessária!

Aprendam com o meu erro.

O melhor mesmo é pagar o IUC no mês previsto. Coloque um alarme do telemóvel ou na agenda. O ideal é não depender dos avisos dos outros.

Nota final: O funcionário das Finanças disse-me que se nunca se atrasou no pagamento do IUC, as Finanças “perdoam” a primeira vez. Azar o meu, esta já foi a segunda. Espero que não haja uma terceira… Casa de ferreiro, espeto de pau.


in sicnoticias.sapo.pt
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